Ilha de Boipeba, Bahia

A Ilha de Boipeba é vizinha a Morro de São Paulo, mas faz parte do município de Cairú. O grande charme dessa ilha é que praticamente não há turistas. A grande maioria faz um passeio de algumas horas desde Morro, almoça no restaurante da praia de Boca da Barra e retorna a Morro, sem conhecer os verdadeiros paraísos de Boipeba.

 

Teríamos 2 maneiras de ir: o primeiro, pegando um barco de Morro a Valença e de Valença a Boipeba. Daria em torno de R$ 40 por pessoa e levaria cerca de 3 horas de deslocamentos, fora a espera de um barco para outro em Valença. A outra opção seria pagar um passeio em lancha rápida a Boipeba, visitando as piscinas naturais de Guarapuá ( que estava turva e não foi possível fazer snorkel ) e  Moreré, e ficando na parada de Boca da Barra. Gastamos R$ 50 p/p e ainda passeamos, pois as piscinas naturais são em alto mar, não é possível acessar nadando desde a praia.

 

Ficamos 4 noites, numa pousada simples, mas confortável. O café-da-manhã era espetacular, quase um almoço. A localização, perfeita: a poucos passos da praça central. O melhor foi o preço, R$ 50 para o casal com café incluso.

 

O melhor de ficar em Boipeba foi descansar de tudo: aqui, a vida passa em outro ritmo. Fizemos amizade com os locais, conhecemos pessoas que largaram a vida em grandes cidades como Brasília, para viver ali por alguns meses, uma espécie de terapia, uma desintoxicação do estresse vivido em outros lugares. Foi um achado, o paraíso perdido no tempo. Uma libertação, um descanso para o corpo, cabeça e alma. Perdoe, caro leitor, se estou sendo piegas, mas Boipeba inspira esses sentimentos...

 

Vamos as praias. São 7:

 

Boca da Barra

 

Está é a praia mais próxima do centro. Parada da lancha, a mais visitada da ilha. É onde se concentram os restaurantes. A praia é banhada por rio. É muito bonita, mas apenas um tiro-gosto do que viria.

 

vista desde a praia de Boca da Barra

 

 

Tassimirim

 

Seguindo à direita pela Boca da Barra, uma pequena caminhada e se chega na praia. É pequena e repleta de corais, formando piscinas naturais para o banho.

 

Cueira

 

Seguindo desde o centro por uma estrada de areia, atravessamos uma fazenda de um italiano que é dono da metade da ilha, chegamos a Cueira. Se estiver em Tassimirim, basta seguir caminhando, na maré baixa e atravessar até Cueira. Para mim, a praia mais bonita da ilha. É lá a barraca da famosa lagosta, indicada pelo guia 4 rodas. Não almoçamos lá pois, mesmo sendo barato para lagosta, ainda estava muito fora do orçamento ( viajar durante 1 mês, só com economia né...). Mas quem estiver mais folgado de grana, recomendo.

 

final da praia da Cueira. Esse é o riozinho que tem que atravessar...

 

 

Aqui que rolam as ondas. Os únicos que vi surfando eram uns meninos, locais. Um empresta a prancha pro outro e assim se divertem. Meu marido estava sem prancha e os meninos emprestaram para ele surfar. O povo aqui é assim, gentil, hospitaleiro, sempre com um sorriso no rosto.

 

Moreré

 

Atravessando o rio da Cueira, caminhamos cerca de 40 minutos pela praia e chegamos no vilarejo de Moreré. A praia é linda, com muitos corais. É aqui que moram grande parte dos pescadores. Há restaurantes e pousadas, as mais chiques da ilha, inclusive. Mas quem optar por ficar aqui, vai ter que bancar, pois tudo é mais caro que no centrinho.

 

Moreré

 

 

Bainema

 

Mais 30 minutos de caminhada pela praia e chegamos a Bainema. A praia é praticamente deserta. Aproveitamos um pouco e voltamos, pois o sol estava a pino e a caminhada era longa. Quem não tiver animo de voltar caminhando, pode optar por pegar um trator em Moreré. Custa cerca de R$ 50 ou, se tiver lotado, R$ 10 p/p.

 

Bainema: deserta!!!

 

 

Ponta de Castelhanos e Cova da Onça

 

Não chegamos a ir nessas praias, que estão respectivamente, há 3 e 4 horas de caminhada desde o centro. Ponta de Castelhanos é cheia de recifes e naufrágios. Dizem ser um excelente lugar para mergulho e snorkel.

Já Cova da Onça é de difícil acesso.

 

Onde comer

 

Se o objetivo é economizar, sugiro o restaurante Jorge Som, localizado na praça central. Seu Jorge, o proprietário, é uma grande figura. Simpático, adora conversar com os turistas. A comida é excelente, caseira, e o preço, muito justo: R$ 22 por refeição que serve bem 2 pessoas.

 

 

Os dias na ilha foram de caminhada, descanso, banho de praia e muita interação com o povo local.

 

No fim de tarde, recomendo ir para a praia de Boca da Barra, ver o pôr-do-sol, espetáculo!!!

 

ponte da Boca da Barra